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Profissional de Poker: Ser ou não ser?

Saudações Grinders!

É com enorme prazer que começo hoje uma série de artigos para o RIT, utilizarei esse espaço para responder algumas perguntas, técnicas ou não, e dividir minha experiência. Há 2 anos decidi me tornar um jogador profissional de poker e quero poder ajudar a todos vocês que também querem seguir este caminho.

Foto: Stats Poker Team

Foto: Stats Poker Team

Para começar quero ir direto ao ponto: Afinal VOCÊ QUER SER UM PROFISSIONAL DE POKER? Essa pergunta parece ser simples, mas pode ser muito complexa conforme o seu momento de vida. Antes de mais nada precisamos entender que ser profissional não significa ser melhor ou pior, apenas significa que é a forma com que você decidiu pagar suas contas. Mesmo assim, para tomar essa decisão sempre coloque em primeiro lugar a paixão pelo que faz, ela que será seu diferencial no longo prazo, o dinheiro vai e volta, e ganhar é apenas a consequência do bom trabalho. Afinal de contas, existem mil maneiras mais fáceis de se ganhar dinheiro, o poker exige muita dedicação e suor.

Particularmente, minha escolha foi tomada no momento em que percebi que os meus olhos brilhavam toda vez que vivenciava algo relacionado ao poker, vi que não me importava em ficar cinco, seis ou até quatorze horas na frente do computador jogando ou estudando poker, muito pelo contrário, isso me deixava feliz, coisa que minha antiga profissão já não mais fazia.

Leia também: Por que é tão difícil tornar-se um jogador profissional de poker?

Ser jogador profissional requer horas de estudo exaustivo. Requer jogar um dia inteiro, perder, e ainda assim estar empolgado para uma nova sessão. Requer sacrificar os sábados de festas com os amigos e saber que o almoço de domingo com a família nunca mais será da mesma forma. Requer paciência, estar apto para aprender e acima de tudo passar por cima do seu ego dia após dia para poder aprender. Por isso, amar o que faz tem que estar em primeiro lugar, pois nada disso será considerado sacrifício, será apenas parte do seu caminho.

Por outro lado escolhi o poker pela liberdade que (talvez) nenhuma outra profissão pode me dar, faço meus horários, posso viajar para onde quiser e estou conhecendo muita gente bacana. Ainda estou no começo da minha carreira, mas o pouco que já vivi valeu cada minuto investido.

Outra coisa que pesa muito na balança é a família. Tive sorte de ter uma família que sempre confiou nas minhas escolhas, e mais do que isso, sempre me apoiou. Parece clichê falar sobre isso, mas nos piores dias ter esse tipo de apoio faz com que lidemos melhor com o tilt, e o contrário também é verdadeiro. Geralmente as famílias mais tradicionais não apoiam essas “novas profissões” e temos que saber aceitar e trabalhar isso, mas esse assunto já é coisa para um novo artigo.

No nosso Episódio 4, David Schmid contou como aconteceu com ele no momento da sua profissionalização. Vale a pena conferir este episódio, ficou excelente.

Caso seja esse seu caminho, recomendo estudar muito, está cheio de material gratuito na internet e várias escolas online de poker. Se possível faça um coach, apesar de ser um investimento “alto” ele pode reduzir, em muito, o tempo da sua evolução. Além disso, recomendo entrar para um time, existem várias opções no Brasil e fora daqui. Os times te dão banca, estudo e uma atmosfera muito legal entre os players que acaba motivando ainda mais a busca pelo conhecimento. Ahhh para reforçar, CONHECIMENTO é o foco, não entre nessa pensando apenas em profit.

Leia também:  Ainda é possível viver de poker?

Mas caso você ache que essa não é para você, não tem problema, poker como hobbie é um tesão! Sim, esse esporte democrático faz você jogar com seus ídolos e as vezes até vence-los! Tem coisa melhor?

E aí? Ser ou não ser?

Para as próximas edições conto com a sua participação, mande sugestões de temas e perguntas para que a gente possa ir interagindo e evoluindo juntos!

Mário Junior

Mário Junior é formado em Comunicação Social – Publicidade e Propaganda e joga como “mariojgua” no site pokerstars. mariojgua@gmail.com

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5 Comments

  1. Pingback: Foco, força e flow. Como a obter alta performance no poker? | RIT Podcast - Run It Twice - Poker

  2. Gustavo Martins

    eai pessoal blz, nossa esse post define o que sinto hoje em dia, ainda não sou profissional do poker mas um dia pretendo ser, amo o jogo só de falar com alguém sobre o jogo, sobre os torneios e estrategias ja me sinto mais feliz, quanto a almoço de domingo esse problema ja não tenho pq minha família não é muito unida, o problema maior é que o pessoal não ve o jogo com bons olhos, mas isso faz parte da vida nem sempre temos a aprovação dos outros.
    tenho uma pergunta não sei se vcs saberiam responder pois é um tema meio fora dos panos, ja vi que alguns atletas quando vão para outros países disputar competições tem um visto especial, um tipo de visto de atleta mesmo, gostaria de saber se o pessoal que vai jogar por exemplo em vegas vai com com visto normal de turista ou a galera do poker tem acesso ao visto de atleta.
    por fim, parabens por mais esse ótimo artigo estou no aguardo do próximo podcast.

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    1. rafaelpimenta1

      Gustavo, realmente, nós que amamos o jogo passaríamos horas e horas por dia conversando sobre ele.

      Sobre a família, talvez você não tenha hoje, mas, você é casado ou tem filhos? Se não for e tiver, vai perceber que os domingos são importantes para eles, mesmo que o resto da familia seja afastada. E isso é um ponto a equilibrar. 🙂

      Quando a sua pergunta sobre o visto, realmente nao sabemos. Iremos pesquisar sobre o assunto.

      Abração.

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  3. Ana Quadros

    Parabéns pelo trabalho!!! É muito bom entrar informação boa na internet! Bora faturar com poker!!

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    1. rafaelpimenta1

      Obrigado, Ana. Continue com a gente. 🙂

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